SEC realiza planejamento para o ano letivo 2020/21 com interpretação de LIBRAS e audiodescrição

A pré-jornada pedagógica, que está sendo realizada de forma virtual pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC) até esta sexta-feira (5), como parte do planejamento para o início do ano letivo 2020/21, no dia 15 de março, está contando com a interpretação para a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). A iniciativa visa garantir a inclusão de estudantes surdos e deficientes auditivos, respeitando a cultura e a identidade desse público, nas diversas atividades transmitidas através do canal do Youtube Educação Bahia e pela TV Educa Bahia. A mesma dinâmica será adotada durante a Jornada Pedagógica Paulo Freire, que acontecerá de 8 a 12 de março.

A coordenadora de Educação Especial da SEC, Marlene Cardoso, falou da importância da iniciativa. “A língua de sinais é a língua natural dos surdos. No caso dos surdos brasileiros, é a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). A importância dos intérpretes nos mostra o caminho da acessibilidade e possibilidade. Assim, nossas lives da pré-jornada pedagógica têm intérpretes de LIBRAS, que possibilitam às pessoas surdas interferir, inferir, transformar, contribuir e se expressar plenamente acerca das inúmeras questões sociais, encontrando-se como pessoas ativas da sociedade”, destacou.

A intérprete de LIBRAS, Ana Paula Melo, que atua no Centro de Capacitação de Profissionais de Educação CAS Wilson Lins, em Salvador, e participou das lives da SEC durante esta semana, reconhece a relevância e o alcance que o seu trabalho tem. “O intérprete de LIBRAS tem como função ser um canal comunicativo entre duas línguas muito distintas, que envolve a cultura surda e o ouvinte, proporcionando acessibilidade, quebrando barreiras. Sinto-me honrada em trabalhar com a comunidade surda, pois falar de acessibilidade é falar de amor e entrega. Amo o meu trabalho”, salientou.

Audiodescrição Outro recurso utilizado nas lives da pré-jornada pedagógica é a audiodescrição, que consiste na tradução das imagens em palavras para estudantes cegos e com baixa visão, deficiência intelectual e autismo. Durante as lives, todos os participantes se apresentam com audiodescrição, descrevendo como estão vestidos, algumas características físicas e como é o ambiente em que se encontram.

A audiodescritora e professora de Educação Inclusiva, Daiane Pina, que atua como técnica de Atendimento Educacional Especializado (AEE) no Centro de Educação Especial da Bahia (CEEBA), em Salvador, ressaltou de que forma a audiodescrição impacta na vida das pessoas que necessitam deste recurso. “A audiodescrição é importante para que eles possam compreender quem são as pessoas que estão falando e como elas estão, o que permite autonomia, independência, sensação de pertencimento, acesso à informação de qualidade e igualdade de direitos, pois garante o acesso ao mesmo conteúdo, na mesma hora que as demais pessoas presentes, bem como a tradução das imagens no ambiente em sua volta”, explicou.